{Resenha} O Diário de Anne Frank

Otto H. Frank e Mirjam Pressler
1982 * 378 páginas

“O Diário de Anne Frank” foi escrito entre 12 de junho de 1942 e 1 de agosto de 1944, nessa época o mundo estava passando pela Segunda Guerra Mundial e os judeus estavam sendo caçados pelos nazistas e enviados a Campos de Concentração para trabalhos forçados ou para morrerem em câmaras de gás.

Anne Frank era uma judia alemã, porém vivia na Holanda com seus pais e sua irmã Margot, a garota começa um diário quando o ganha no seu aniversário de 13 anos, nessa época as coisas ainda vão bem para ela, mesmo que seu país esteja em guerra, ela continua indo para a escola e se divertindo com seus amigos. Tudo muda em 9 de julho do mesmo ano, quando a família Frank tem que se mudar para um esconderijo secreto no prédio do escritório onde o pai de Anne trabalhava, o motivo foi a notificação que Margot recebeu do governo, sinal de que ela iria acabar num Campo de Concentração.

Anne se refere a esse esconderijo como Anexo Secreto e não são apenas eles que estão se escondendo lá, a família Van Daan também e mais tarde um dentista chamado Sr.Dussel se junta a eles, no total eram oito pessoas escondidas, que viviam brigando entre si.

Mesmo escondidos ainda havia perigo, antes das oito da manhã e depois das oito da noite eles não podiam fazer barulho nem usar a descarga pois o escritório já estava fechado e os vizinhos poderiam desconfiar de alguma coisa.

Anne Frank era uma adolescente como todas as outras, ela chorava, ria, respondia as pessoas, tinha crises de mal-humor, sonhos, perguntas e planos! Até mesmo se apaixonou. O que fez de Anne uma pessoa diferente foi sem dúvida as coisas pelas quais passou e a sua inteligência, que foi ficando cada vez maior no tempo em que viveu no Anexo Secreto. Anne gostava muito de estudar, principalmente árvores genealógicas de famílias reais e mitologia grega e odiava contas (igual a mim haha), no seu tempo livre (quando não estava limpando alguma coisa ou trabalhando para descascar alimentos) Anne permanecia lendo, estudando e escrevendo e não era só no seu diário, Anne também escrevia histórias e confesso que fiquei louquinha para ler alguma delas!

É claro que o livro teve umas partes chatinhas (acho que todos os diários tem, eles refletem a personalidade do dono e todos nós passamos por momentos em que não existe inspiração nenhuma), mas mesmo assim não consegui parar de ler, pois o jeito que Anne escreve é contagiante e bem fluído!

Se o seu objetivo é descobrir sobre a Segunda Guerra Mundial, esse não é o livro ideal pois Anne fala sobre sua vida no Anexo e não sobre a guerra, é claro que de vez em quando ela fala sobre o que está ocorrendo no mundo e dá suas opiniões sobre a política, mas somente a partir das informações que chegam ao Anexo. Mas, dá sim para aprender alguma coisa sobre a guerra, como por exemplo as dificuldades que os judeus passavam e todas as coisas que eles eram proibidos de fazer.

O melhor momento do "O Diário de Anne Frank" foi no final do livro, seus textos se tornaram mais tocantes, esperançosos e sonhadores! Infelizmente, o final é bem frustante, triste e me deixou com bastante raiva, mas como se trata de uma história real, não havia como ser modificado! Mesmo assim recomendo a leitura, é possível extrair diversas lições dela!

Recomendo o livro!
Beijos... Samantha Culceag.

2 comentários

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